Analistas do comportamento já sabem, se você deseja identificar a causa de um comportamento, determinar a função desse comportamento é o primeiro passo.
Além de ajudar a orientar o planejamento das intervenções para modificar e prevenir comportamentos problemáticos, identificar a função ensina às crianças melhores maneiras de ter suas necessidades atendidas e garante a consistência de comportamentos em todos os ambientes.
Identificar a função do comportamento nos ajuda a entender como podemos ajudar a criança a aumentar os comportamentos desejados e diminuir os comportamentos problemáticos. Assim, prevenção de comportamentos, escolha de comportamentos de substituição socialmente adequados e criação de planos de intervenção podem ser implementados.
Na prática: ocorre a observação da criança em seus ambientes, em seguida é descrito o que acontece (antes e depois) de ocorrer o comportamento problema, é identificada a função e por fim, é ensinado um comportamento substituto que atende a mesma necessidade do problemático. O comportamento substituto é reforçado.
Consideramos quatro principais funções do comportamento: estimulação sensorial, fuga, acesso à atenção e acesso aos tangíveis.
1 – Estimulação Sensorial
Os movimentos ou ações de uma pessoa são estimulantes (bons) para aquele indivíduo, é a informação sensorial que ele está procurando, isso lhe dá satisfação. (Mexer com os dedos, enrolar o cabelo…);
2 – Esquiva (fuga)
Sinaliza uma situação indesejada, o indivíduo, portanto se esquiva da situação, foge da demanda;
3 – Acesso a tangíveis
A criança deseja algum item ou atividade específica.
Observe o infográfico e verifique como isso pode se dar em uma criança com autismo. E, lembre-se sempre, de observar e anotar o antes e o depois para conseguir descobrir qual é a função do comportamento da criança;
4 – Acesso à atenção
A criança quer receber atenção, deseja interação social.