11 de setembro de 2019

Autismo: O amor ao ritual

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A consistência, a previsibilidade e a rotina fixa podem ser preferências no autismo, aliás esses comportamentos são apontados pelo DSM-V como padrões repetitivos e interesses restritos pronunciados.

Algumas rotinas são inofensivas e até ajudam no planejamento, mas outras podem causar sérios inconvenientes.
As limitações podem prejudicar o convívio social e criar muitas circunstâncias desagradáveis.
Já ouvimos de diversos profissionais que é bom variar, mudar o trajeto da escola, variar no lanche, ensinar a usar vários dos banheiros disponíveis, não somente um, para não criar hábito fixo. Analisando um exemplo: uma criança só toma o seu leite, no café da manhã, em uma caneca específica, se essa caneca quebrar, haverá problemas!

Alguma regularidade na vida não é ruim.

Mas se a criança encontrar regularidade em tudo e não conseguir lidar com as mudanças, a vida pode complicar.
As crianças com autismo tendem a ser ansiosas, tornar as coisas mais previsíveis pode ser uma solução para combater essa ansiedade.
Para elas o mundo é imprevisível, planejar e às vezes controlar o ambiente para garantir que não haja muitas surpresas pode ajudar.
Os indivíduos com autismo são únicos, como todos os outros e alguns podem apresentar menos instabilidade às mudanças ou “surpresas”, mas há uma quantidade considerável que lidam com a ansiedade tentando manter o controle de tudo ao seu redor.

Lembrem-se: dentro de limites razoáveis as rotinas não são um problema, mas quando ela representa uma dificuldade no dia-a-dia?

Quando a rotina ajuda?

  • Na escola: esclarecer o planejamento do dia no quadro é uma atitude simples que poderá ajudar todas as crianças;
  • Em situações que exigem cumprimento de regras: qualquer circunstância que favoreça a socialização ou o cumprimento das regras sociais pode ajudar no desenvolvimento e prevenir crises de ansiedade.
  • Nas AVD’s: as atividades de vida diária são importantes, pois geram autonomia, a rotina matutina de acordar, por exemplo, usar o banheiro, escovar os dentes, colocar a roupa, calçar os sapatos, entre outras atividades cotidianas, tudo voltado para o planejamento do dia transcorra dentro da conformidade.

Quando eles podem se descontrolar, observe e perceba se é necessário uma antecipação:
Inclusão de novos alimentos: procure ajuda do psicólogo responsável para que ele crie uma intervenção paulatina para essa necessidade;
Sair ou entrar em casa: antes de sair, faça com ele o passo a passo do que irá acontecer: onde vocês vão, o que farão, se necessário, numere as ações, isso pode facilitar a cooperação, se você estiver com pressa pode não ajudar no entendimento dele, então tenha planejamento e muita paciência.
Pessoas novas no ambiente: sejam visitantes ou entregadores, prestadores de serviços podem causar muita ansiedade, avisar que a pessoa virá para o ambiente pode ajudar.

Lugares novos: antecipar é a chave para o entendimento, mas às vezes o imprevisível acontece, aja com naturalidade e diga: “Opa! Aconteceu um imprevisto!”, torne isso tranquilo.

Organizando o ambiente familiar: às vezes modificar um pouco o ambiente pode ser útil, mude um móvel, troque o lado do sabonete na pia, acostume a criança a essas pequenas mudanças e ela não estabelecerá padrões fixos, ou ficará mais acostumada às mudanças.

Transição: alterne brinquedos, atividades ou tarefas, muitas vezes as rotinas fixas surgem dos pais, por se sentirem mais seguros e aliviados mantendo a criança calma, mas alternar é importante para criar diferentes hábitos e fugir das fixações.
Compre marcas diferentes de creme dental ou produtos que a criança usa cotidianamente, mude, pode ser saudável até mesmo para toda a família.

Quando a rotina pode ser um problema?

A ansiedade para pessoas com autismo pode ser dolorosa e um pouco de regularidade deve ajudar a manter isso sob controle.
No entanto a dependência da rotina pode gerar pânico no caso de mudanças bruscas.
Observe que ninguém pode controlar as variáveis possíveis o tempo todo e então imprevistos acontecem. Garanta que a criança possa passar o dia com planejamento, mas também superando a imprevisibilidade.
Tente sempre mudar a rotina antes que ela ganhe domínio completo. Ou então ela se tornará um problema.

  • A rotina está realmente prejudicando a criança ou qualquer outra pessoa?
  • Está ajudando-os a gerenciar suas ansiedades ou os deixando mais ansiosos?
  • Isso torna as coisas mais fáceis ou mais difíceis?
  • Isso está afetando a capacidade do indivíduo de aprender?
  • Está afetando sua vida social?
  • Está afetando a capacidade de nossa família de realizar as atividades do dia-a-dia ou de sair em férias ou em viagens?
  • Como me sentiria se essa rotina fosse a mesma em alguns anos?

As respostas virão claramente ou com alguma reflexão, mas você deve sempre se atentar para a melhoria da qualidade de vida de todos na família. Isso é essencial! Se alguma rotina ajudar, adote-a, se ela se transformar em um problema, mude de atitude, procure ajuda profissional, faça intervenções e procure viver bem!

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