O conceito de diversidade é muito falado e pouco entendido, tal como o seu propósito para a edificação de uma sociedade. Diversidade: aquilo que é diverso, diferente, variado, múltiplo, e hoje vamos incluir nesse significado o autismo.
Sim, as pessoas podem se identificar através das diferenças e isso deve incluir habilidades, saúde mental, formação educacional, traços físicos, personalidade, idade, raça, gênero, classe social, religião e demais preferências.
Encorajar a diversidade é a chave para educar estudantes para serem criativos.
Marc N. Richelle
A inclusão, por sua vez, é reconhecer o valor e o orgulho de todas as pessoas, o justo pertencimento, é a prática do respeito, da tolerância.
Muitas vezes o autismo aparece na sociedade amplamente estigmatizado, em ambientes escolares e sociais de um modo geral.
Integrar pessoas de diversos tipos, incluindo autistas deveria ser uma prática recorrente.
Se na sala de aula, no supermercado e até na pracinha do bairro as dificuldades se apresentam, imaginem no mercado de trabalho.
Empresas norte americanas já incorporam jovens autistas em sua equipe e de fato valem-se de suas muitas habilidades.
A Microsoft, por exemplo, se beneficia das qualidades desses profissionais.
A grande capacidade de concentração, a boa memória visual e de longo prazo, são apenas algumas das aptidões que interessam em especial empresas de tecnologia.
O objetivo, está longe do “politicamente correto”, muito mais voltado para o ganho de vantagens competitivas.
O TEA (Transtorno do Espectro Autista) apresenta aspectos individuais mas também comuns em vários casos.
Isso levou à classificação pelo DSM- 5 (Manual de diagnóstico e estatístico de Transtornos Mentais): “déficits na comunicação, na interação social, além de maneirismos (comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse.”, alguns com comprometimento cognitivo e alterações sensoriais.
Aqueles autistas cujo cognitivo é preservado apresentam vantagens para o mercado de trabalho.
Segundo matéria publicada na Revista Exame: A multinacional SAP, desenvolvedora de software, iniciou em 2013 o programa “Autism at Work” (Autismo no trabalho) e estipulou uma meta de ter 1% de sua força de trabalho formada por profissionais com TEA até 2020*.
No Brasil, ainda não temos estudos que mensurem a quantidade de autistas existentes no país.
A nossa esperança é que, com o censo IBGE de 2020, possamos quantificar e assim iniciarmos a criação de políticas públicas e privadas que incluam e diversifiquem, e também criem oportunidades para autistas, na sociedade, na pracinha, na escola e no mercado de trabalho.
* Segundo artigo no site da Exame: Empresas contratam mais autistas – e não é para cotas
Gostou? Envie para aquela pessoa que precisa ler isso.
Conheça também nosso sistema ABA+, software para integração e supervisão de terapias de pessoas Transtorno do Espectro Autista (TEA).